Espaço de conteúdo quase inédito, num mundo onde tudo já foi dito, escrito, cantado, postado, fakeado...
domingo, 28 de setembro de 2008
Anônimo
Decidiu não acreditar mais em ninguém que não fosse ele mesmo. Claro que isso soava radical. Na verdade se permitiu acreditar nas pessoas sim, mas não mais ir atrás delas, buscando e cobrando a cada novo dia, uma prova, por menor que fosse, de que nunca o deixariam sozinho.
Não quis mais saber de promessas. Arregassou as mangas e foi. Tratou de escrever, à princípio um enredo, depois uma história, talvez a sua, e pensou até mesmo num roteiro. Tinha capacidade movida por sonhos. Não sonhos distantes, impossíveis, ao contrário, sonhos que pareciam se realizar a qualquer momento. Um e-mail ou um telefonema daria a sentença.
Acordou cedo, fez sua oração para garantir um dia produtivo. Ao saltar da cama, se lembrou que ontem prometera tomar um café da manhã decente. Correu, colocou música para tocar, a água para ferver, pão com queijo pra esquentar, tudo enquanto arrumava a cama. Café pronto, molhou as plantas, olhou da varanda, com o pão numa mão e a caneca de café na outra. Pensou em como a vida era boa e no que faria dela apartir de então.
Depois do café, correu pro banho, calmo. Decidira que agora acordaria sempre mais cedo e que não mais faria tanta coisa correndo, desesperado. Resolveu degustar a vida já que goladas rápidas o engasgava.
Se vestiu, escovou os dentes, pegou os textos deixados na mesa da sala, saiu resmungando uma música. Seu inglês não permitia cantá-la.
O caminho hoje seria outro. Mais perto? Não necessariamente. A vida não precisa de atalhos.
Não parou na banca para comprar um cigarro e nem leu as manchetes. Não importava naquele momento o que acontecia com o mundo, a menos que fosse com o seu. Esse ainda não era notícia.
Seguiu seu rumo sem olhar pra trás. Tinha pressa. Precisava reescrever seu nome, abraçar o mundo. Precisava ir. Ir enquanto houvesse fé, braços e uma cabeça para produzir.
Está indo.
Posso ouvir seus passos, sem pressa de chegar, mas certo de que chegará.
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11 comentários:
Muito bom!
Parabéns cara!
Abraço!
Adorei o texto...
Mas ficou uma dúvida... vc andou lendo meu flog??? rsrsrs....
Valeu Felipe. Sempre muito gentil.
é... tem muita coisa que não vira notícia. e o engraçado é que é sempre tanto, tanto, tanto...
O verdadeiro sábio não é aquele que fica sentado a espera de um milagre divino. E sim, aquele que, por essência, arrisca ser feliz. sabe? ser feliz é uma decisão muito difícil, e ser triste, é vomitar tudo aquilo que um dia foi posto no nosso coração. Fico feliz que o seu personagem tenha se permitido, a gente precisa disso. faz o mundo ficar mais leve.
Apesar de...
Gosto de te ler.
Muito bom o texto.
Nossa, nem aceitou meu comentário... :(
www.fotolog.com/livnha
Para comentar basta se logar como visitantedaliv
e digitar sua senha: 12345678
Viu como tá importante???
Pq não aceitou meu comentário??? Eu escrevi algo que não podia???
Bjos
Ó... meu comentário antigo apareceu!
Que louco!
maravilhoso texto!!
mais de vc só podemos esperar coisas de qualidade mesmo!!bjos
Ow Lílian, obrigado!
Me sinto lisonjeado.
Aproveito para dizer que passei lá pelo seu blog e gostei muito do que li. Não conhecia seu lado poético. Se permitir, gostaria de citá-lo em meu espaço hein.
Volte sempre!
Nélio...
Te passei a senha errada e você nem me avisa!
Você tem que se logar como:
visitantedaliv
E digirtar a senha:
l12345
(ele-um-dois-três-quatro-cinco)
Beijos e apareça!
Caraca, Nélio!!!
Cadê você???
Acho que ficaria feliz se lesse meu flog... :)
Tantas coisas que precisava te contar... tá acontecendo alguma coisa???
Manda notícia, poxa...
Beijão...
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