Minha mãe e seus filhos
Antes de mais nada, me desculpando pela falta de criatividade, mas ressaltando que o sentimento é autêntico, gostaria de parabenizar a todas as mães, célebres mães, que são o exemplo de entrega e doação a uma causa-pessoa. Se existe alguém que "garra com a gente pra vida toda", como ouvi ontem um garoto de uns oito anos dizer, esse alguém certamente só pode ser nossa mãe.
Bem, como todo mundo, sou muito grato à minha mãe, e só nós dois sabemos da importância de cada momento que um esteve ao lado outro. A pelo menos uns dez anos não moramos mais juntos mas, na medida do possível, estamos sempre próximos, em diversas situações e sentidos, seja nas decisões a serem tomadas, seja nos pedidos de oração.
Às vezes vejo amigos, não tratando mal, mas tratando com palavras ásperas as mães. Mãe só deveria ouvir dos filhos palavras doces. E quando isso não fosse possível (mães também erram) acho melhor o silêncio. Eu prefiro me calar diante de dona Aparecida a lhe proferi palavras que eu sei que a fará chorar, às vezes não em minha frente, mas sozinha, ao se deitar. Se ela me poupa sempre que pode, maldade se eu assim não fisesse.
Jonh Lennon compôs "Julia" para sua mãe, que ele nem chegou a conhecer direito. Eu que bem te conheço "mãe", deveria escrever uma ode celebrando sua existência. Sendo eu talvez pouco competente para tal, uso um trecho da Julia dele para minha Maria Aparecida Souto:
"HER HAIR OF FLOATING SKY IS SHIMMERING, GLIMMERING, IN THE SUN"
Hoje, meu poema (poeta que não sou), transparece sua candura. Hoje são suas todas as minhas homenagens. Minha sensibilidade (meu melhor), herdei da "senhora", bem como esse nariz "achatado". Te amo!
Sexta fui jantar no Café com Letras. Tive o prazer de experimentar um jantar maravilhoso. Claro que a companhia ajudou muito, mas a comida de lá é muito boa. Sugiro que conheçam. O ideal é que seja um jantar romântico, já que a música favorece o clima, mas também é um bom lugar pra se ir com amigos. A carta de vinhos é bem interessante. Na ocasião, experimentei um tinto Malbec, safra 2006, de Mendoza, maravilhoso, encorpado na medida certa. O preço, eu diria que valia pelo sabor.
O jantar foi a última comemoração do meu aniversário. Agora, definitivamente, acho que acabou a festa e não devo mais receber nenhum cumprimento até o ano que vem.
No domingo, dia das mães, acordei cedo, liguei pra minha mãe e depois fui com Matheus ao Parque das Mangabeiras à apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. O evento faz parte do projeto "Clássicos no Parque", um brilahante programa para se curar ressaca domingo de manhã. Sob a regência do maestro Fabio Costa, nos deliciamos com clássicos de Carlos Gomes e Rimski Korsakov. Confesso que me senti como que numa viagem a outro continente, olhando para o lado e me deparando com gente de diversas cores, idades e convicções, entre outras adversidades, sob um sol que dava sensação térmica de uns 40 graus.
O dia fechou com chave de ouro com um belíssimo almoço na casa da Mariana, com direito a oração de ação de graças à mesa. De sobremesa, os doces poemas do Senhor Miguel.
A vida me encanta!
Ao som de La vie em rose
Nenhum comentário:
Postar um comentário