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terça-feira, 7 de abril de 2009

Eu que sabia do mar...


Quarto de Brinquedo, Jogos II, Fernando Pacheco, OST, 80X73 cm, 1981/2003. Acervo Fundação Reina Sofia, Espanha.

É, talvez fosse mesmo preciso me perder para que me encontrasse.

Não sei onde me coloquei por tanto tempo. Acho que me escondi.

Deveria ter me procurado em lugares menos prováveis. De tanto não me econtrar, por pouco não me acostumei com a falta de mim mesmo.

Eu não estava comigo quando não sabia em qual cidade morar, qual curso fazer, pra quem ligar, a quem amar. Sei que não tenho todas as respostas, até mesmo por que parte delas - hoje eu bem sei disso - nem existem, mas eu me fiz falta e isso é fato.
Mas "eu que sabia de mar..."
quero saber de amar..

Semana corrida essa última. Passei uns dias com minha mãe. Fomos às compras, almoçamos... Interessante o amadurecimento que a relação entre pais e filhos tem depois de um tempo. É como se acabássemos de conhecer alguém muito interessante, mas que na verdade sempre esteve alí do teu lado desde que você nasceu. É um descortinamento.

Estou fazendo francês e alemão.

Me diverti pra caramba na quinta. Achava que música alta, luzes piscando, bebida doce e alguém do lado não me traria mais tanto prazer. Puro engano. Me divertir pra caramba.

Estive em Santa Tereza na sexta. Tenho andado em companhias super agradáveis por esses dias e dá-lhe diversidade.

Sábado jantamos na Cantina do Lucas mas antes fomos ver uma exposição do Fernando Pacheco. Segundo José Aloise Bahia, sua obra "tal qual a do alemão Sigmar Polke, leva a pintura até que ela "confesse" aquilo de que é "culpada"". Gostei da definição que José Aloise dá ao trabalho dele. Há um quê de nostalgia, catarse, auto-punição em seus traços. Gostei também das cores fortes e bem combinadas. A melhor peça pra mim foi uma tela em que retratou Amy Winehouse. Irônico e sutilmente criativo.

De muito bom gosto apreciar um bom trabalho. Me vi "naquele olhar que pára, enxerga e desencadeia toda uma sedução de matizes ilusórias, associações, situações restauradoras e tonificantes", parafraseando José Aloise.

Não imaginei que fosse estar tão bem ao lado de uma pessoa, assim tão rápido, tão cedo. Me apaixonei pela doçura do olhar de Mariana.

Domingo, curti uma feira. Gosto de feira, de pessoas, de pessoas na feira. Depois da Feira, fomos pra casa do Matheus. Horas e horas de vídeos bobos e engraçados no YouTube. Impressionate como a vida pode ser ridiculamente boba e maravilhosa. Depois passamos numa pastelaria para forrar o estômago e encerramos a noite num "amarelinho" da Bahia.

Tempo contigo, comigo, não é tempo, mas sonho. Pode-se sonhar uma noite inteira um sonho que tenha durado 5 minutos e pode-se sonhar 5 minutos por uma noite inteira. Assim é estar contigo. Não há tempo. Há sublimação, apenas.

Não se explica, mas se se explicasse:

Mariana: Aglutinação de Maria e Ana. Indica inteireza de ânimo e espírito aberto. É próprio de pessoas que amam sua profissão e seus afazeres. Preocupam-se com os demais na medida em que deles necessitam e, em geral, são pessoas receptivas. O Maria vem do hebraico, significa senhora soberana. Nome que indica serenidade, força vital e vontade de viver. Por vezes são forçadas a pedir auxílio para resolução dos muitos problemas que tem de enfrentar na vida e para "agüentar a dor". Consideram o dinheiro necessário, mas não essencial, e Ana, significado de graça e segurança. Gosta de crianças graças à sua pré-disposição para família e boa organização mental. Sua intuição lhe garante boas escolhas nos estudos, na profissão e no amor. Fonte: www.portalbrasil.net/nomes
Ao som de "Valerie".

3 comentários:

Anônimo disse...

Alguém tem que ser feliz no amor, né?!
Só espero que ela te mereça!
Senão vai se ver comigo...

Marcela Bittencourt disse...

Ah... que bom que gostou!
Não prometo não parar... o escrever te, vontade própria,ora quer, ora não quer... vai entender!

E quanto a pasárgada, não custa nada! A passagem é gratuita!
É só descobrir o caminho e ir! Será sempre bem vindo!
O problema é que, ao que parece, não existe mapa, e o caminho se fecha atras de nós qnd passamos, o que me leva a crer que cada um deve ter o seu próprio caminho pra pasárgada!


beijos!!

Túlio Cheab disse...

E eu...que julgava saber o que era o amor.

Sinto-me muito feliz em perceber tamanha inspiração e principalmente por estarem juntas, hoje, 2 pessoas das que eu sinceramente, apesar do pouquíssimo tempo, mais me completam!